Feira de Santana

Construtora não paga aluguel de casas e famílias estão sendo despejadas

A síndica do bloco 16, a costureira Tânia Sueli Alves de Santana diz que a situação das famílias é de desespero.

23/05/2016 às 10h29, Por Maylla Nunes

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Daniela Cardoso e Ney Silva

Famílias que estão morando provisoriamente em casas com aluguel pago pela construtora R. Carvalho e que foram contempladas com apartamentos no residencial Iguatemi II, na Mangabeira, reclamam que a construtora R. Carvalho está atrasando o pagamento e algumas pessoas estão sendo despejadas das residências. Em agosto de 2015 o Ministério Público Federal em Feira de Santana entrou com uma ação judicial contra a construtora e a empresa Atrium, responsáveis pelo condomínio, beneficiando famílias de apartamentos do bloco 16, pois as unidades habitacionais estavam com rachaduras.

Por ordem judicial, a R. Carvalho ficou responsável por pagar os aluguéis de imóveis para os moradores até que a situação fosse resolvida. A síndica do bloco 16, a costureira Tânia Sueli Alves de Santana diz que a situação das famílias é de desespero. “Estamos sem condições nenhuma de bancar os aluguéis, que estão atrasados há três meses e a R. Carvalho não define uma data para pagar. A gente está passando necessidade. Muitos moradores não tem uma renda fixa e não tem condições de arcar com essa despesa” afirmou, acrescentando que algumas pessoas estão tentando convencer os donos das casas para não serem despejados e outros já saíram para casas de parentes.

O presidente da Associação de Moradores dos Condomínios do Programa Minha Casa, Minha Vida em Feira de Santana, Ubirajara Borges, confirma que algumas famílias estão sendo despejadas. “Algumas famílias buscaram abrigo na casa de parentes e amigos. A situação está muito complicada e a associação decidiu que, caso não seja resolvido dentro de 30 dias, vai levar ao conhecimento da ouvidoria federal. Isso é uma determinação judicial e a empresa R. Carvalho não está cumprindo. Sabemos que as obras já terminaram, a fiscalização por parte dos moradores já foi feita e a construtora não repassa as moradias para os moradores e não paga o aluguel social de R$ 500”, disse.

Procurada pela reportagem, a R. Carvalho não quis se pronunciar sobre a situação. 

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