Moradores contestam limite entre São Gonçalo dos Campos e Feira de Santana

^{Rachel Pinto}

Os moradores do limite entre os municípios de Feira de Santana e São Gonçalo dos Campos estão insatisfeitos sobre a indefinição dos territórios. De acordo com eles, a população sofre com a negligência de vários serviços públicos e com muitas dificuldades de aceso à água, transporte público, esgotamento sanitário, correio e iluminação pública.

Eles dizem que ficam sem clareza de quem cobrar e querem uma solução para a situação. O morador José Carneiro, da localidade de Jardim Aliança disse que esse desfecho cabe aos deputados decidirem constitucionalmente de acordo ao Artigo 18 da Constituição Federal e cabe as assembleias legislativas versarem sobre os limites territoriais municipais e não aos prefeitos.

Para ele, é saudável que haja um diálogo entre os prefeitos sobre a definição territorial, mas os moradores não podem pagar a conta de tanta demora e querem resolver logo esta questão.

“Os deputados dizem que só vão votar se houver um acordo entre os prefeitos. Nós achamos isto inclusive saudável. Mas, já que esse acordo não aconteceu até hoje não se sabe quando isso vai acontecer. Esperamos que os deputados usem o poder que está previsto na Constituição Federal e que resolvam a situação. Nós não podemos pagar a conta”, explicou.

Segundo José Carneiro, a vida da maioria dos moradores está centrada no município de Feira de Santana. Muitos impostos e contas constam o endereço da cidade e boa parte da população trabalha e estuda também em Feira de Santana. Ele observou que os moradores querem definir o limite do território para saber de onde cobrar os serviços que são negligenciados.

“O que a gente quer é ter a clareza de quem cobrar. A gente não quer viver em um município e ter que cobrar em outro”, disse.

O morador João Paulo de Andrade, que mora na localidade do Jardim Aliança há 14 anos, limite dos territórios, disse que a população vive uma situação difícil e nunca houve melhoras. Ele contou que toda a sua vida e da sua família acontecem em Feira de Santana, como trabalho, estudo e até os impostos.

“Não fazemos nada em São Gonçalo e São Gonçalo nunca fez nada por nós. Toda nossa vida é em Feira de Santana”, finalizou.

 

Com informações e fotos do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.