Feira de Santana

Em depoimento, mulher confessa que matou cunhado queimado após vítima quebrar seu celular

Antônio Teodoro Silva, 27 anos, teve 70% do corpo queimado, tentou se salvar apagando as chamas debaixo do chuveiro. Ele morreu no hospital.

04/05/2016 às 18h55, Por Andrea Trindade

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Andrea Trindade

A feirante Marlene Santos Peixoto acusada de matar o cunhado queimado durante uma discussão dentro de casa na Rua Mantiqueira, no bairro Rua Nova, em Feira de Santana, prestou depoimento na tarde desta quarta-feira (4), no Complexo de Delegacias.

Marla, como a acusada é conhecida, confessou que após a vítima quebrar seu celular, na noite do dia 25 de abril, foi a um posto de combustível no bairro, comprou um litro de gasolina e arremessou contra o cunhado ateando fogo contra ele em seguida.

Antônio Teodoro Silva, 27 anos, teve 70% do corpo queimado, tentou se salvar apagando as chamas debaixo do chuveiro e foi socorrido pela filha, que acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Ele foi levado para o Hospital Geral Clériston Andrade e transferido em estado gravíssimo por volta da 1h da madrugada para o Hospital Geral do Estado, em Salvador. Ele ficou internado, mas não resistiu às queimaduras e morreu no dia 30 de abril, cinco dias depois.

Em entrevista ao Acorda Cidade, o delegado Gustavo Coutinho, titular da Delegacia de Homicídios, informou que a acusada mora com a irmã e o cunhando há quatro anos e que ela vai responder por homicídio doloso, quando há intenção de matar.

“Ela declarou que residia na cidade de Iaçu e depois foi morar na casa da irmã no bairro Rua Nova, em Feira, para conseguir emprego. Disse que durante os quatro anos que morou com a irmã e o cunhado, Antônio se mostrava sempre agressivo , agredia a irmã dela verbalmente, os filhos , e consumia bebida alcoólica. Por conta disso sempre havia brigas e intrigas, até que no dia 25 de abril a irmã de Marla saiu de casa por causa das ameaças do marido e Antônio entrou na residência e perguntou a Marla onde estaria a irmã, esposa dele. Como ela não queria dizer o local onde a irmã estava escondida, Antônio quebrou o celular de Marla e houve uma discussão dentro da residência. Marla foi a um posto de combustível comprou um litro de gasolina, retornou ao imóvel e arremessou no corpo de Antônio tocando fogo logo em seguida”, relatou o delegado Gustavo Coutinho.

Para o delegado, o crime foi premeditado. Ele informou que inicialmente a acusada vai responder em liberdade por atender os requisitos (ter trabalho e moradia fixa e ser ré primaria), mas que até o final do inquérito poderá representar pela prisão preventiva da mesma.

“ Antes de sair da residência ela pegou uma caixa de fósforo e colocou no bolso e foi ao posto. Ela tinha a intenção de matar ou ferir a vítima e não se preocupou com a vida da vítima. Ela está respondendo por homicídio doloso. Confessou o crime, e assim que concluímos o inquérito vamos encaminhar para a justiça. Ela estava muito tranquila e calma na hora do depoimento e disse que estava consciente do que fez”, disse.

O delegado vai ouvir testemunhas. Segundo ele, no dia do crime ela se escondeu na casa de outra irmã e se livrou da prisão em flagrante. A acusada soube que ele foi transferido para Salvador, mas só ficou sabendo da morte do cunhado um dia depois.

Fotos e informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade 

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