Feira de Santana

Quase 4 anos após ser desativada, Química Geral do Nordeste é foco de contaminação

A situação da QGN foi discutida na manhã desta terça-feira (24), durante reunião do Conselho Municipal do Meio Ambiente (Condema), ocorrida em uma sala da Pousada Acalanto.

24/11/2015 às 16h54, Por Maylla Nunes

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Daniela Cardoso e Ney Silva

A empresa Química Geral do Nordeste (QGN), que funcionou por quase 30 anos em Feira de Santana e que foi desativada há cerca de quatro anos, ainda é foco de contaminação. A empresa, que produzia sulfato de bário, já recebeu a aplicação de duas multas, uma no valor de R$ 5 milhões e outra no valor de R$ 100 mil, impostas pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema). A situação da QGN foi discutida na manhã desta terça-feira (24), durante reunião do Conselho Municipal do Meio Ambiente (Condema), ocorrida em uma sala da Pousada Acalanto.

A reunião foi presidida pelo secretário municipal do Meio Ambiente, Roberto Tourinho, e contou com a participação de ambientalistas, diretores da secretaria, profissionais da imprensa e do engenheiro químico Anderson Carneiro, do Inema. Ele informou às pessoas presentes na reunião as providências que o órgão ambiental do estado vem adotando para amenizar a contaminação causada pela QGN.

“Existe uma contaminação que já foi detectada e estão sendo adotadas medidas para que a área seja remediada. É uma poluição de solo e de águas subterrâneas. Não sabemos o tempo necessário para que a poluição seja resolvida, mas podemos afirmar que vai levar alguns anos”, afirmou Anderson Carneiro.

Ele informou que o Inema já determinou à QGN que faça trincheiras para barrar a contaminação, que segundo o engenheiro, vem poluindo o riacho dos Maias, que passa nos fundos da empresa. Ele ressaltou, no entanto, que um monitoramento realizado por técnicos do Inema constatou que essa poluição não atinge a barragem Pedra do Cavalo.

Anderson Carneiro informou ainda que na área da QGN existe um aterro que está isolado com uma grande quantidade de material produzido ao longo dos anos em que a empresa esteve operando. Ele informou também que não existe um plano de retirada desses resíduos químicos.

O secretário municipal do Meio Ambiente, Roberto Tourinho, disse na reunião do Condema que vai convidar ambientalistas, conselheiros da entidade e profissionais de imprensa para fazer uma visita em toda a área onde funcionou a QGN, incluindo o aterro onde há resíduos, e também ao riacho dos Maias para verificar in loco a extensão dessa poluição. Ainda não há uma data definida para essa visita.
 

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