Bahia

Salvador registra 613 incêndios em 17 dias

A estiagem já dura mais de dois meses e com o aumento da temperatura, ocorrências cresceram.

18/11/2015 às 08h42, Por Rachel Pinto

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Com a estiagem prolongada, aumento da temperatura e tempo seco, foram registradas 613 ocorrências de incêndios em vegetação em Salvador desde o dia 1º até 17 de novembro. Conforme o site Correio, em apenas 17 dias, o número de chamados ao Corpo de Bombeiros Militar da Bahia já ultrapassa todos os registros do mês passado, quando foram feitos 540 registros de casos, segundo a Secretaria de Comunicação do Governo do Estado (Secom), com base em dados da Superintendência de Telecomunicações (Stelecom).

Em outubro, o número de casos representava aumento de 157% em comparação a setembro, quando foram informados 210 casos. De acordo com a assessoria do Corpo de Bombeiros, a “temporada de incêndios” pode se prolongar até março do ano que vem, caso a estiagem persista. O órgão tem sido obrigado a eleger casos prioritários em dias com mais ocorrências, por conta do efetivo insuficiente.

A última chuva intensa registrada na capital baiana ocorreu em 29 de agosto e, desde então, as precipitações têm sido bastante moderadas. Neste mês, choveu em apenas três dias: 3 de novembro (0.3 mm), 9 (0.2 mm) e 11 (0.6 mm), segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O índice pluviométrico médio nos meses de novembro é de 137.1 mm.

Segundo o Corpo de Bombeiros, a maioria dos casos é registrada em matagais e terrenos baldios. Apesar da temporada de incêndios na zona urbana já ser esperada, as brigadas na capital não são suficientes para atender a todos os chamados, conforme denuncia a Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares da Bahia (Aspra), que pede equipamentos novos e mais efetivo.

Mesmo com o tempo quente, vegetação seca e baixa umidade do ar serem as condições climáticas favoráveis às queimadas, é a imprudência das pessoas que garante o aumento no número de casos. “Mais de 90% das ocorrências começam com ações humanas. Alguém que resolveu queimar lixo ou que jogou um cigarro na mata, iniciando o foco de incêndio”, aponta o sargento Lacerda, lotado no 10º Grupamento de Bombeiros Militar (GBM), em Simões Filho, na Região Metropolitana.

Segundo a meteorologista Claudia Valéria, do Inmet, o período mais seco, com ausência de chuvas, é o principal fator de propagação do fogo. “O vento acaba levando a faísca de um local para o outro, iniciando um novo incêndio”, relatou. Na capital, a umidade que vem do mar ajuda, mas não impede o fogo. “No Verão, temperaturas em Salvador ficam em torno de 34 ºC e o calor agrava a situação”, completa.

Na Bahia, 2.130 homens atuam no combate a incêndios, mais da metade deles na capital e RMS, onde há 1.167 profissionais para atender as ocorrências. “Não temos como atender todos os chamados. Priorizamos os mais graves e atendemos por área”, justificou o comandante da Guarnição 02 do 3º Grupamento de Bombeiros Militar (GBM/Iguatemi), sargento Josias.

Conforme a Secom, a prioridade nos atendimentos é dada aos locais próximos de unidades de saúde, subestações de energia elétrica, residências, postos de combustível e rodovias. 

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