Consumo de água é suspenso em Caetité por alta contaminação de urânio

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O alto teor de urânio na água dos poços da região de Caitité e Lagoa Real, Centro-sul da Bahia, provocou a suspensão imediata do consumo no local. A medida foi determinada pelo Ministério do Meio Ambiente e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

De acordo com informações publicadas no Correio, há 15 anos o material radioativo é extraído no local pela empresa estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB). Após publicação de matéria veicula do jornal Folha de S. Paulo, denunciando o problema, a ministra Izabella Teixira, determinou a apuração da situação.

Segundo a reportagem, laudos técnicos demonstraram altos índices do metal pesado na água, quatro vezes maior que o limite estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Segundo o Ibama, caso a INB omita informações, poderá ser multado.

A estatal nega as irregularidades no caso, e alega que a área do poço contaminado, uma região conhecida como Varginha, está a 20 km de distância de sua mineração e não faz parte da área que deve fiscalizar.

No entanto, como denunciado pelo jornal, a própria estatal afirma, em documento disponível na internet, que inspeciona a qualidade da água na região de Varginha, comunidade de Lagoa Real. Segunda a prefeitura de Lagoa Real, a própria INB já havia comunicado os moradores da contaminação da àgua, informou o Correio.