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R$ 3 bi em créditos para cadeia automobilística beneficiam a Bahia

A Bahia ocupa a 3ª posição no ranking brasileiro em produção de automóveis, conta com 35 empresas fornecedoras de autopeças

21/08/2015 às 09h14, Por Kaio Vinícius

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A decisão do Banco do Brasil em antecipar R$ 3,1 bilhões de créditos até o final do ano para fornecedores da cadeia da indústria automobilística afeta positivamente a economia baiana. A avaliação é do secretário de Desenvolvimento Econômico, Jorge Hereda.

"A presidente Dilma está se movimentando para que a economia não pare, para que o setor produtivo e os empregos sejam preservados. As medidas do Governo Federal têm uma repercussão direta e muito positiva na Bahia, porque temos um grande parque automotivo da Ford, com uma larga produção de 300 mil automóveis/ano e cerca de 10 mil empregos diretos”, diz o secretário Hereda.

A Bahia ocupa a 3ª posição no ranking brasileiro em produção de automóveis, conta com 35 empresas fornecedoras de autopeças – 26 instaladas na planta da Ford. A companhia possui, no Polo Industrial de Camaçari, um dos complexos industriais mais eficientes em todo o mundo, ocupando uma área de 4,7 milhões de metros quadrados.

Tributos e empregos

“A cadeia automotiva incluindo o setor de autopeças e demais fornecedores, responde por 12% dos tributos pagos no país e emprega 420 mil pessoas. Essa linha de financiamento para o setor de autopeças é possível porque nós, montadoras, vamos aparecer nesses contratos como espécie de fiadores, trabalharemos juntos com nossa rede de fornecedores para que o risco do financiamento seja extremamente baixo”, explica o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan Yabiku Júnior.

O acordo firmado entre o Banco do Brasil, a Anfavea, o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) e a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) prevê apoio financeiro e comercial às cadeias produtivas do setor, além de segmentos de máquinas e implementos agrícolas e caminhões.

“Esses segmentos de caminhões e máquinas agrícolas são os mais afetados. Mesmo com o agronegócio apresentando índices constantes de crescimento e com quebras sucessivas de safras recordes, por causa dessa onda pessimista a transportadora não renova a frota e o agricultor não moderniza a sua colheita. É um efeito muito mais psicológico do que por causas financeiras”, explica Hereda.

Do pequeno fornecedor ao grande exportador

Segundo o Banco do Brasil, o acordo beneficia desde o pequeno fornecedor ao grande exportador, irrigando capital de giro para toda a cadeia, o que aumenta o nível de confiança e reduz o risco de crédito de cada negócio que será feito. “A solução apresentada para o setor automobilístico pode ser colocada para outros setores. O Banco do Brasil poderá fazer acordos com 500 grupos, em diversas cadeias produtivas”, explicou o presidente do Banco do Brasil, Alexandre Abreu.

Para Hereda, esse é mesmo o papel obrigatório dos bancos públicos: “Se não fosse para isso, não teria sentido a existência deles. A presidenta Dilma vai estender essa medida também para alavancar o crédito para os setores da construção civil, eletroeletrônicos, papel e celulose, fármacos e químicos, comércio e serviços. A previsão de créditos é da ordem de R$ 9 bilhões, já incluídos os R$ 3 bilhões para o setor automotivo. São cadeias econômicas capazes de garantir o emprego e fazer a retomada rápida do crescimento do país e, principalmente, da Bahia, porque são setores onde já possuímos grandes cadeias produtivas”.
 

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