Feira de Santana

Moradores do 35º BI relatam infestação de caramujos; bióloga diz como controlar

Segundo uma dona de casa, que mora no bairro há 14 anos, os caramujos, também conhecidos como lesmas, sobem pelas paredes das casas, deixando-as sujas

25/06/2015 às 11h01, Por Kaio Vinícius

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Laiane Cruz

Moradores do bairro 35º BI reclamam que terrenos baldios, utilizados por algumas pessoas para colocar lixo, têm contribuído para o aparecimento de caramujos e ratos nas residências. A dona de casa Angélica Marques afirmou que alguns moradores jogam até animais mortos no local.

Segundo a dona de casa, que mora no bairro há 14 anos, os caramujos, também conhecidos como lesmas, sobem pelas paredes das casas, deixando-as sujas. “E os ratos roem tudo dentro de casa”, afirmou.

A moradora Maria da Cruz contou que utiliza o sal de cozinha para tentar diminuir a quantidade de lesmas dentro de casa. Ela disse também que à noite não consegue dormir por conta do barulho provocado pelos ratos dentro da residência. “Na casa da vizinha, ela pegou um saco de plástico cheio de caramujos. Está demais, do jeito que está não pode ficar. À noite parece que tem ladrão entrando em casa, os ratos rodando.”

O morador Raimundo também disse estar insatisfeito com a proliferação desses animais, e reclamou da falta de agentes de endemias no bairro. Segundo ele, os agentes alegam que não entram no 35º BI devido à falta de segurança por conta dos terrenos baldios.

A bióloga Manuela Miranda explicou que os caramujos podem transmitir doenças aos seres humanos, como distúrbios do sistema nervoso, fortes dores de cabeça e gastrointestinais. Além disso, o molusco é transmissor de vermes, que se reproduzem em grandes quantidades.

Ainda de acordo com a bióloga, é preciso priorizar a limpeza de terrenos, quintais e frentes das residências. “A limpeza do ambiente não sobrepuja a nenhum outro tratamento, embora as pessoas utilizem sal em cima do caramujo, isso é mito. Se o problema persistir, temos no mercado alimentos no formato de iscas tóxicas, que podem ser encontradas em casas de produtos para fazendeiros. E caso elas não resolvam, deve ser feita a remoção manual desse molusco com uma luva”, explicou.

Ela ainda alertou que as pessoas devem evitar entrar em contato com esses animais e andar com os pés descalços, principalmente as crianças. Locais úmidos, de acordo com Manuela Miranda, também facilitam o aparecimento da espécie.

Em contato com o Acorda Cidade, o Centro de Zoonoses do município informou que os moradores do 35º BI devem entrar em contato com o órgão e solicitar uma visita dos funcionários para avaliarem a situação dos locais afetados. Também podem ligar para a secretaria de Serviços Públicos, que deve notificar os proprietários dos terrenos baldios abandonados, para que tomem as devidas providências, entre elas cercar ou murar.

As informações são do repórter Paulo José do Acorda Cidade.

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