Bahia

Professor da Ufba é afastado após ser denunciado por alunas

As alunas classificam ainda o comportamento do professor como misógino, homofóbico e machista.

26/05/2015 às 10h10, Por Kaio Vinícius

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Alunas dos cursos de Física e Engenharia da Universidade Federal da Bahia (Ufba) denunciaram um professor do Instituto de Física, sob a acusação de fazer piadas de conotação sexual e provocar o constrangimento moral das estudantes mulheres durante as aulas das suas disciplinas.

O professor Luiz Santiago de Assis é acusado de declarar frases como “mulher ou é bonita ou é inteligente”, atribuindo a beleza feminina à falta de capacidade intelectual, criticar as alunas que usam bermudas por acreditar que isso seria uma provocação aos homens, elogiar o corpo das moças e se referir de forma pejorativa às mulheres.

As alunas classificam ainda o comportamento do professor como misógino, homofóbico e machista. Em conversas com alunos homens, ele também teria o costume de falar sobre sua vida pessoal, casamento e filhos, sempre diminuindo a capacidade da mulher, além de criticar o trabalho de colegas de trabalho do sexo feminino.

De acordo com o Correio, as alunas decidiram entrar com um processo administrativo contra o docente, ao perceberem que este não seria um comportamento isolado, mas já vinha sendo praticado há algum tempo com outras turmas, passadas e atuais. O documento foi entregue na ouvidoria da Ufba.

Segundo a ouvidora da Ufba, Denise Vieira, caberá ao Instituto de Física tomar as medidas cabíveis, mas garante que as denúncias estão sendo apuradas. O diretor do instituto, Raimundo Muniz Filho, informou que o professor sofreu afastamento dentro do regime jurídico, de forma cautelar. A sindicância pode resultar em arquivo do processo, na aplicação de advertência ou suspensão do funcionário por até 30 dias ou, ainda, na instauração de um processo disciplinar.

Caso haja a instauração do processo disciplinar, a lei diz de que ela pode chegar à demissão do funcionário e obriga os servidores responsáveis pela apuração de comunicar ao Ministério Público, caso seja identificado que a infração cometida pelo servidor seja qualificada como um ilícito penal, informou o Correio.
 

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