Bahia

Salvador já soma 20 mortes após chuvas; tempo instável persiste

Mortes foram registradas na San Martin, Bom Juá, Liberdade e Comércio. Prefeitura soma mais de mil pessoas desabrigadas.

19/05/2015 às 09h37, Por Kaio Vinícius

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A morte do marinheiro Oberdan dos Santos Barbosa, de 31 anos, após desabamento de o casarão na Ladeira da Preguiça, Centro Histórico de Salvador, elevou para 20 o número de pessoas que morreram após desastres ocorridos em decorrência das chuvas em Salvador, em menos de um mês. A previsão do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) é de que a capital baiana persista com tempo chuvoso até o final de semana.

Quatro regiões de Salvador concentram as 20 mortes registradas: Barro Branco, no bairro de San Martin; Marotinho, em Bom Juá; região da Nilo Peçanha, na Liberdade; e Ladeira da Preguiça, ligação entre o Comércio e a Cidade Alta.

No dia 28 de abril, 11 vítimas morreram soterradas na região de Barro Branco, no bairro de San Martin. No mesmo dia, outras quatro pessoas também foram resgatadas sem vida debaixo da terra que deslizou na região do Marotinho, no bairro de Bom Juá.

Quase duas semanas depois, no dia 10 de maio, uma nova tragédia causou quatro mortes na região da Rua Nilo Peçanha, no bairro da Liberdade. Um deslizamento de terra provocou as mortes de um idoso de 64 anos e outras três pessoas da mesma família: mulher, irmão e filho.

Sem dar tréguas, com as chuvas, um casarão desabou na Ladeira da Preguiça, ligação entre as Cidades Baixa e Alta, na manhã de segunda (11). Uma das paredes do imóvel caiu sobre duas casas. Em uma delas, dois irmãos dormiam – um deles sofreu ferimentos leves e sobreviveu; outro ficou debaixo dos escombros e morreu após parada cardiorrespiratória.

Desabrigados

A Secretaria de Promoção Social, Esporte e Combate à Pobreza (Semps) diz que cadastrou 1.424 pessoas para recebimento de assistência, após as perdas enfrentadas com as chuvas das últimas semanas. De acordo com a prefeitura, as pessoas cadastradas têm acesso a benefícios financeiros como o auxílio emergência, que atendeu 195 cidadãos concedendo valor de até três salários mínimos; e o Aluguel Social, que foi entregue a 1.229 desabrigados no valor de R$ 300.

Além disso, a prefeitura afirma que 151 pessoas estão acolhidas em abrigos, sendo 74 no bairro Pau da Lima, 61 na Avenida San Martin e outras 16 no bairro de Amaralina, totalizando 51 famílias. As famílias que perderam suas moradias de forma total ou parcial têm sido cadastradas no programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal. De acordo com a Semps, cerca de 400 famílias deverão receber imóvel até setembro, de um total de 1,3 mil cadastradas até o momento. Elas são atendidas pela seguinte ordem de prioridade: perda total, perda parcial e residência em área de risco. O prefeito ACM disse, após a 19ª morte, que pediria na Justiça a retirada das pessoas de áreas de risco, mas até o momento não há informação se a ação foi interposta.

Fonte: G1
 

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