Meio Ambiente

Ações educativas marcam o Dia Mundial da Água em Feira de Santana

No Parque da Lagoa foram expostas amostras de águas retiradas nas lagoas de Campestre, Subaé, Prainha, Dona Maninha e Olaria.

22/03/2015 às 12h57, Por Andrea Trindade

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Andrea Trindade

Uma série de atividades educacionais no Parque Erivaldo Cerqueira, o Parque da Lagoa, marca em Feira de Santana, as comemorações pelo Dia Mundial da Água, celebrado neste domingo (22).

O chefe da Divisão de Educação Ambiental, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmam), Horário Amorim, informou que além de chamar atenção da sociedade para a importância do consumo racional da água, as ações visam destacar a crise hídrica e buscam uma reflexão sobre a relevância da água.

De forma lúdica e reflexiva as atividades começaram pela manhã e seguem até a tarde com apresentação de percussão do projeto Mão Amiga, realizado com jovens do bairro Baraúnas, e exibição de vídeo. Também houve um momento de reflexão com ambientalistas e um encontro inter-religioso. Horácio ressalta que o trabalho de Educação Ambiental é realizado em escolas e faculdade de Feira de Santana ao longo do ano.

“A água é um bem sem o qual a vida não brota. Pessoas estão descartando esgoto de suas casas de forma clandestina nos canais de macrodrenagem, e até na própria rede de água pluvial que leva água da chuva para o rio. Vão fezes diretamente para as águas do Rio Jacuípe, poluindo-as, e esse rio desagua essa água no Rio Paraguaçu. Assim como a Cantareira é a caixa d’água de São Paulo, o Rio Paraguaçu é a caixa d’água para Bahia, principalmente, Feira de Santana. A água que a gente bebe vem dali. Há alguns anos a água que consumíamos vinha da Lagoa Grande, só que a poluímos e ela deixou de ser própria para o consumo. Hoje usamos a água de Conceição da Feira, que fica a 50 km daqui, e se continuarmos poluindo vamos chegar a um momento em que teremos que buscar água a 200, 500 quilômetros”, alertou.

Um dos membros do projeto EcoBairro no Brasil, Paulo Santos, também esteve presente no evento. Ele destacou o índice alto de desperdício de água e a pequena quantidade de água potável existente no mundo.

“A situação da água é emergente. A população sabe do quanto estamos atrasados para mudar a forma como usamos a água e mais do que isso precisamos estabelecer políticas públicas muito claras para que esse bem não venha a faltar. As nações unidades tem alertado aos países que se até 2025 os governos não mudarem suas politicas de água podemos ter um conflito internacional por conta dela, devido a sua escassez e contaminação. Isso é muito grave”, destacou.


“O simbolismo de faltar água é muito maior do que se apregoou. Significa que temos muito mais água contaminada em seus lençóis e que as oscilações de mudanças climáticas estão impactando a reposição de água em muitos lugares. Por conta disso precisamos adotar politicas claras porque a quantidade de água potável é muito pequena em relação a quantidade de água existente no planeta”, disse.

No parque foram expostas amostras de água retiradas nas lagoas de Campestre, Subaé, Prainha, Dona Maninha e Olaria.

Fotos e informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade

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