Feira de Santana
Economista explica influência da alta do dólar no cotidiano do brasileiro
O economista Carlos Rangel ainda falou sobre a influência da alto do dólar para quem exporta produtos e também para quem compra produtos importados.
25/02/2015 às 10h09, Por Maylla Nunes
Daniela Cardoso
A alta do dólar, que está cotado a quase três reais, está impactando a economia brasileira e o dia a dia da população. O economista feirense Carlos Rangel explica de que forma a alta do dólar reflete no cotidiano do brasileiro, que, de acordo com ele, sente os efeitos dessa alta.
“Quem for à padaria hoje comprar seu pãozinho já vai sentir a alta no preço, em função do alimento ser feito com farinha de trigo importada. Como o preço do dólar está mais alto, a farinha vai estar mais cara e consequentemente o pão encarece”, afirmou. O economista orienta que os consumidores busquem alimentos substitutos para aqueles que estão mais caros, e façam pesquisa de preço.
O economista Carlos Rangel ainda falou sobre a influência da alto do dólar para quem exporta produtos e também para quem compra produtos importados. “Para quem exporta produto, com o aumento no preço do dólar, se sente mais estimulado a vender, já que o preço aumentou, e isso reflete internamente, pois canaliza a produção para o exterior e acaba desabastecendo o mercado interno. Isso provoca uma alta no preço”, afirmou.
“Por outro lado, se a pessoa compra produtos importados, esses produtos chegarão com o preço maior por conta dessa alta. E também aqueles produtos que são fabricados no próprio Brasil, mas que têm componentes importados, a empresa já vai comprar esses componentes a um preço maior e consequentemente vai repassar para o consumidor, que pagará mais caro por eles”, acrescentou.
De acordo com Carlos Rangel, a alta do dólar nesse momento está relacionada à expectativa do mercado com a recuperação da economia americana e também com a expectativa de que o banco central americano irá aumentar a taxa de juros de lá. Segundo ele, isso faz uma pressão forte sobre o dólar, o que provoca o aumento. Já a queda no dólar pode ocorrer por outras variáveis, a exemplo de uma entrada muito alta no país, de acordo com o que explicou o economista.
“O dólar sempre foi uma moeda forte, pois a economia americana é muito forte, embora esteja saindo de um momento de crise. Como o dólar é a moeda usada no comércio internacional, qualquer variação no preço vai afetar o resto do mundo como um todo. Para enfrentar a alta do dólar, o governo pode agir no mercado vendendo dólar, fazendo com que tenha mais moeda americana no mercado, havendo uma queda no preço. Existem mecanismos, mas a cotação do dólar é demanda e oferta. Isso que determina a alta e a baixa do preço”, explicou.
Carlos Rangel falou também sobre a alta da gasolina. Segundo ele, é difícil justificar os motivos pelos quais o combustível no Brasil tem o preço praticamente dobrado em comparação ao dos Estados Unidos. “Na verdade são muitos fatores, mas vejo essa alta do combustível brasileiro como uma forma de ganância, de se ganhar dinheiro em curto espaço de tempo. Não vejo nada que justifique essa alta”, disse.
As informações são do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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