Feira de Santana

Engenheiro explica como vai funcionar o Sistema de Transporte BRT

O engenheiro civil Marco Antônio Diniz, da empresa Prisma Engenharia, que elaborou o projeto técnico do novo sistema de transporte, destacou que o BRT é um projeto de mobilidade urbana que trata do aspecto sobre duas vertentes.

17/12/2014 às 11h08, Por Maylla Nunes

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Daniela Cardoso e Ney Silva

O Sistema de Transporte BRT, que vem sendo discutido em audiências públicas pela Prefeitura de Feira de Santana, prevê várias intervenções em avenidas da cidade. O engenheiro civil Marco Antônio Diniz, da empresa Prisma Engenharia, que elaborou o projeto técnico do novo sistema de transporte, destacou que o BRT é um projeto de mobilidade urbana que trata do aspecto sobre duas vertentes.

De acordo com ele, a primeira vertente é relacionada ao transporte público coletivo, onde por meio dos estudos se demonstrou a necessidade da implantação de um sistema em via segregada e com corredor exclusivo, nas avenidas Getúlio Vargas e João Durval.

“O programa como um todo poderia ser resumido como um programa de mobilidade urbana, cuja característica se dá por meio da implantação de um sistema de transporte, que terá no seu desenvolvimento linhas troncais em via exclusiva somente no corredor João Durval e Getúlio Vargas, pois assim as demandas e os estudos previram”, afirmou.

Marco Antônio Diniz ressaltou que o sistema integrado de transportes, que é atendido pelo programa BRT, representa o atendimento a toda a cidade de Feira de Santana e não somente à população adjacente às avenidas onde serão implantados os corredores.

“O corredor é fruto de um estudo, onde a capacidade e carregamento operacional demonstram a viabilidade de um sistema em BRT. O restante da cidade será atendido também pela modernização desse sistema. Estamos modernizando todo o sistema de transporte público coletivo de Feira de Santana”, ressaltou.

A segunda vertente, de acordo com o engenheiro civil, está relacionada aos veículos. De acordo com ele, o sistema prevê ações que vão melhorar a mobilidade urbana na região central, onde concentra-se a maior quantidade de veículos.

Leia também: Secretário de planejamento diz que BRT pode ser implantado sem plano diretor

Intervenções

Apesar dos corredores serem implantados nas Avenidas João Durval Carneiro e Getúlio Vargas, as intervenções ocorrerão em outros pontos da cidade, de acordo com o engenheiro civil Marco Antônio Diniz.

“Estão previstas a implantação de um terminal de integração e de novas paradas de ônibus modernas e compatíveis com o sistema BRT. Na Getúlio Vargas serão implantadas mais sete novas estações e um terminal de integração logo após o Anel de Contorno, especificamente na Nóide Cerqueira. Além disso, o sistema prevê, próximo à região do bairro Cidade Nova, o terminal do Pampalona, onde haverá um terminal de integração com linhas operando em sistema não segregado, porém atendendo toda a população”, informou.

“Na região sul do município, especificamente na região do bairro Tomba, terão as linhas de ônibus modernizadas e adequadas. Só que os estudos demonstraram que o carregamento para a região não justifica, nesse momento, a implantação de um sistema em via exclusiva. Mas os ônibus serão modernizados e estarão integrados a todo o sistema do município”, continuou.

Ainda de acordo com o engenheiro, o sistema contará com novos ônibus, que terão capacidade de transporte mais adequada e com o controle operacional moderno.

“Com os ônibus novos poderemos ter o posicionamento exato onde eles podem estar inseridos no sistema viário, por meio de GPS de comunicação. O projeto prevê a implantação de um centro de controle operacional, onde todas as informações operacionais serão obtidas online. Haverá uma comunicação direta entre o motorista e o sistema de controle, que poderá, em curto espaço de tempo, resolver problemas, como ônibus com pneu furado ou uma batida que possa ocorrer”, explicou Marco Antônio Diniz.

Demanda no Anel de Contorno

Sobre a demanda de um corredor exclusivo do BRT no Anel de Contorno, Marco Antônio Diniz defendeu que não existe demanda de passageiros no local.

“Hoje percebe-se que nem linhas operacionais existem no Anel de Contorno. Se não existe linha operando lá, é porque não existe essa necessidade de um sistema para aquela região. Seria um equívoco enorme colocar um sistema de alta capacidade no Anel de Contorno, pois não é lá que a população quer trafegar. A população quer ir ao centro da cidade, para regiões onde têm atratividades e com certeza não é no Anel de Contorno”, afirmou.

Audiência pública

Nesta quarta-feira (17), as secretarias municipais de Planejamento e de Transporte e Trânsito vão promover mais uma audiência pública para discutir com setores da sociedade feirense o sistema BRT. O evento está previsto para as 14h30 na sede da Associação Comercial e Empresarial de Feira de Santana (ACEFS), no bairro Kalilândia.

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