Governo municipal vai anunciar medidas para o transporte público de Feira nos próximos dias

^{Orisa Gomes}

“Estamos com uma empresa contratada fazendo um estudo criterioso a respeito do transporte público de Feira de Santana e dentro de poucos dias tomaremos uma atitude”. A afirmação foi feita pelo prefeito José Ronaldo, em entrevista ao Acorda Cidade nesta quarta-feira (26).

Ao ser questionado por que diante de tantos problemas no transporte público do município ainda não tomou uma decisão para melhorar o serviço, o alcaide ponderou que diversas decisões têm sido tomadas, mas há uma série de dificuldades que impede uma decisão radical.

Entre elas estão, segundo Ronaldo, a crise nacional que afeta o transporte e que foi constatada com as manifestações que tomaram conta das ruas do país em 2013. “Essas manifestações afastaram muito o setor empresarial que investia em transporte. Houve incêndio de ônibus, muitos prejuízos. As pessoas passaram a investir em outro tipo de serviço e não quiseram mais investir em transporte no Brasil”, afirmou.

Outra questão destacada pelo prefeito é o fato de que, também conforme ele, não existe sistema de transporte público explorado por poder público no Brasil. “Mesmo porque o governo federal também não tem a política de fazer esse tipo de coisa. Onde existe, o comando é do governo federal”, acrescentou.

No caso de Feira de Santana, o prefeito ressaltou que a opção seria permanecer com o serviço da maneira como estava ou tomar atitudes. “E essas atitudes têm sido tomadas. Diversas ações têm sido encaminhadas ao Ministério Público; diversas reuniões têm acontecido no Ministério Público. Agora, tem que se ter cuidado, senão espanta e fica sem nada: ‘sem mel e sem cabaça’. Tem que se ter um grande cuidado para fazer essas coisas”, enfatizou.

O prefeito disse ainda que não pode “abrir completamente” a atitude que será tomada, mas que já informou ao Ministério público o que será feito. “Tenho que ter cuidado como gestor para não atrapalhar algumas ações que estamos empreendendo e para torná-las públicas, mas não vai demorar”, garantiu.