Bahia

Pesquisa revela crescimento do número de negros desempregados em Salvador e região

São 20 mil desempregados a mais entre 2012 e 2013

18/11/2014 às 16h31, Por Brenda Filho

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Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), feita pela Superintendência de Estudos Econômicos (SEI) em parceria com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), mostra que o número de negros desempregados em Salvador e região metropolitana cresceu em 20 mil entre os anos de 2012 e 2013.

O estudo, divulgado nesta terça-feira (18), analisou as condições de inserção da população negra no mercado de trabalho e concluiu que eles representam 94% da parcela total de desempregados. "Temos um mercado de trabalho em que a raça está presente e é elemento estruturante. A desigualdade entre o seguimento de raça perpassa todas as dimensões, desde a entrada no mercado de trabalho, o acesso ao trabalho, a desigualdade no rendimento", afirmou, segundo o G1, o analista da SEI, Luiz Chateaubriand.

Apesar do crescimento na taxa de ocupados entre negros em 24 mil no ano, também houve crescimento na taxa de desemprego, o que foi impulsionado pelo crescimento da População Economicamente Ativa (PEA), que foi elevada em 46 mil pessoas em 2013. De acordo com o estudo, os 8 mil novos postos de trabalho gerados não corresponderam ao número de pessoas que passaram a fazer parte do mercado. Com isso, a pressão que essa parcela exerceu sobre o mercado aumentou o contingente de negros desempregados em 20 mil pessoas.

Segundo informações do G1 baseadas no estudo, o movimento foi inverso com a população não negra, que teve redução da PEA e no número de desempregados, em menos 4 mil pessoas. "A população negra está em grupos familiares com menor poder aquisitivo e não tem condição de se ausentar do mercado, como acontece com o não negro", avalia Chateaubriand.

Já a taxa de desemprego da população de mulheres negras passou de 21,7% em 2012 para 22,9% em 2013, enquanto que os homens de 14,9% para 15%. A população não negra, por sua vez, registrou redução de 16,5% para 16,2% (mulheres) e 10,8% a 10,4% (homens). 

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