Usina de asfalto da Prefeitura estaria funcionando sem licença, diz ambientalista

^{Daniela Cardoso e Ney Silva}

A Usina de Asfalto da Prefeitura estaria funcionando sem uma licença ambiental e a garagem localizada na Rua Tupinambá no bairro São João seria local para abastecer os carros do município. A denúncia foi apresentada durante reunião do Conselho Municipal do Meio Ambiente. O conselheiro Carlos Romero falou sobre essa situação.

“Na reunião passada fomos abordados, através de um engenheiro da própria secretaria, que vem acontecendo esse erro e para mim foi a maior surpresa saber que realmente foi reconhecido pelo secretário Pinheiro, que está funcionando a usina asfáltica de Feira de Santana sem uma licença ambiental como devia. Isso nos preocupou. Se estiver funcionando um órgão público de forma clandestina é uma vergonha para Feira de Santana. Eu espero que essa garagem tenha licenciamento ambiental para funcionar”, afirmou.

Ele ainda falou sobre a garagem de abastecimento dos carros da prefeitura. “Agora nessa reunião colocamos para que seja apreciada essa situação pela secretaria do Meio Ambiente e o Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Condema). Se a garagem de abastecimento dos carros ainda tem um tanque que é alimentado por óleo diesel e gasolina teria, por obrigação da lei, que ter uma licença ambiental para funcionar”, disse.

O secretário de Desenvolvimento Urbano, José Pinheiro, contestou a denúncia sobre o funcionamento da usina de asfalto e o abastecimento dos carros da Prefeitura. Segundo ele, há mais de 12 anos que foi desativado todo o sistema de combustível das garagens do município.

“Os equipamentos são abastecidos em postos de combustível, onde foi feito um processo licitatório e algumas empresas ganharam a concorrência e fornecem esse combustível. As viaturas vão até o posto, abastecem e retornam para o trabalho”, afirmou.

Sobre a usina de asfalto, o secretário informou que a prefeitura tem em torno de 40 anos com uma misturadora. Ele esclareceu que não é uma usina e que o óleo não tem contato com o chão em momento nenhum. 

“Os depósitos são altamente vedados. O material vai para dentro da misturadora através de uma tubulação. Até agora não tivemos nenhum problema. Nós não temos licença ambiental, pois até agora não conseguimos, mas também nunca foi exigido e nunca teve nenhuma denúncia. Acho que houve um mal entendido. É uma grande mentira dizer que fazemos o abastecimento e nunca tivemos nenhum problema”, informou.

Sobre o asfalto velho que é retirado de algumas ruas da cidade, Pinheiro disse que ele serve para recuperação de outras ruas. “Serve para recuperação de base nas próprias operações tapa buraco. Quando existe um buraco muito grande, nós usamos esse material”, informou.