Feira de Santana

Pessoas com Febre Chinkungunya relatam drama causado pelas dores intensas

Na opinião da estudante de enfermagem Marcia Teles, que mora no conjunto George Américo, onde surgiram 16 casos suspeitos com cinco confirmados, já existia um surto da febre Chinkungunya.

20/09/2014 às 17h04, Por Andrea Trindade

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Ney Silva

Dores fortes por todo o corpo especialmente nas articulações e febre alta que pode causar incapacitação. Essa é a sintomatologia relatada por pessoas ouvidas na manhã deste sábado (20) pela reportagem do Acorda Cidade no conjunto George Américo, onde foram confirmados cinco casos do vírus africano Chinkungunya que é transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti que também causa a Dengue e a Febre Amarela.

A confirmação dos casos de pessoas com a doença foi feita pela equipe técnica da Secretaria Municipal de Saúde na tarde desta sexta-feira (19), durante uma coletiva de imprensa. A Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), também confirmaram os casos.

Na opinião da estudante de enfermagem Marcia Teles, que mora no conjunto George Américo, onde surgiram 16 casos suspeitos com cinco confirmados, já existia um surto do vírus Chinkungunya. "Eu já tinha feito um apelo em uma rede social alertando sobre a doença e acho que é um absurdo a Secretaria Municipal de Saúde só divulgar esses casos agora", afirmou.

Leia também: Secretaria de Saúde anuncia ações para controle da febre Chikungunya em Feira

Sesab confirma 5 casos de febre Chikungunya em Feira de Santana

Marcia relata que diferente dos sintomas da dengue, a febre e as dores do vírus que causa a Febre Chinkungunya são mais intensas e se concentram nas mãos e nos pés deixando o paciente praticamente incapacitado. Com o vírus há três meses, ela salienta que além da febre o corpo apresenta manchas, calafrios a noite e às vezes calor. Ela acredita que algumas pessoas que tem o vírus podem precisar de sessões com fisioterapeutas para evitar sequelas pelo resto da vida.

Ainda de acordo com a estudante, a casa dela pode ter sido um dos locais de origem dos primeiros casos. "Uma pessoa esteve em minha casa uma hora de relógio e depois eu soube que ela passou um mês acamada com os sintomas da doença. Alguns dias se passaram, eu e toda minha família ficamos doentes", relata Marcia. Segundo ela, o visitante tinha vindo de um país africano.

Aposentado também relata dores e febre intensas

“Eu fiquei todo quebrado parecia que tinha tomado uma surra. Dores nas articulações dos pés e das mãos e o apetite foi embora", disse o aposentado Raimundo Inácio de Oliveira de 76 anos. Ele informou que chegou ao posto de saúde e lhe aplicaram duas injeções nas nádegas. Ele disse também que com esses sintomas acabou ficando prostrado em casa durante três dias e ficou quase imobilizado. Devido a febre alta os lábios do aposentado estouraram causando ferimentos. "Isso em meus lábios foi a febre porque é muito alta e eu quase não comia nada só papa como se fosse um bebê".

Raimundo acredita que dezenas de pessoas no bairro George Américo estão com o vírus e para comprovar pediu que nossa equipe verificasse a situação na Policlínica. Fomos até a unidade de saúde e a equipe de trabalho informou que não poderia receber a imprensa porque não tinha autorização da Secretaria de Saúde para dar informações sobre o número de pessoas atendidas. Durante a presença da reportagem do Acorda Cidade nenhuma das pessoas que aguardavam atendimento na unidade relatou estar com sintomatologia do vírus Chinkungunya.

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