Bahia

Bahia é o estado que mais consome itens de higiene e beleza

A capital baiana também se destaca como a terceira cidade do país com mais salões de beleza

17/09/2014 às 09h40, Por Maylla Nunes

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O Nordeste concentra 56% do consumo de itens de beleza produzidos no Brasil. Só em 2013, de acordo com o Pyxis Consumo/Ibope, o consumo de produtos de beleza movimentou por volta de R$ 7,55 bilhões no mercado nordestino.

Os baianos foram os que mais gastaram com esses produtos: aproximadamente R$ 2,03 bilhões, o que representa 27% do total que é comercializado na região. De olho nesse mercado, as empresas do ramo têm se instalado cada vez mais no estado.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores e Consultores do Ramo de Beleza do Estado da Bahia (Sindecope) existem 100 indústrias de cosméticos na Bahia. Ontem, com R$ 380 milhões em investimentos, foi inaugurada mais uma, essa do Grupo Boticário, em Camaçari.

De acordo com o presidente da empresa, Artur Grynbaum, a região representa um mercado de extrema importância, já que o ramo de perfumaria do Nordeste é o principal do mercado brasileiro. “Hoje, de quase 3,6 mil lojas no Brasil, 930 estão no Nordeste e 246 na Bahia.

Apesar da Copa e das eleições terem feito com que nossas expectativas para 2014 sejam menores, o crescimento gira em torno dos 16%”. aposta Aos 41 anos, a empresária Hélia Braga, sócia da Adega do Corpo, faz parte do grupo de pessoas que apostaram no mercado de cosméticos.

Com duas lojas da franquia em Salvador e uma em Petrolina, em um pouco mais de um ano, a empresa já registrou 50% no aumento de vendas. “O grande diferencial das empresas envolve o desenvolvimento de uma especialidade. Há toda uma pesquisa por trás disso, com um público específico. A empresa que ‘atira para todos os lados’ normalmente não será bem-sucedida”, afirma.

Com investimento inicial de R$ 500 mil, a empresa nordestina investe nas uvas e vinhos do Vale do São Francisco. “Trabalhamos com produtos que agem como adstringentes, inibidores do envelhecimento celular. Este é o nosso diferencial. Nesse período foram cerca de R$ 1 milhão de investimentos, no total, contando com o que recebemos e retroalimentamos na própria empresa”.

Salvador

A capital baiana destaca-se como a terceira cidade do país com mais salões de beleza. Segundo a proprietária da rede BarberBeauty, Gláucia Cardoso, o crescimento dessa área deve-se, sobretudo, ao maior poder de compra da classe C.

“As classes A e B já são acostumadas a ir ao salão e gastar bastante. A classe C, com maior possibilidade de adquirir produtos, tem procurado esses estabelecimentos. As classes D e E também contribuem para o setor de beleza, pois, mesmo sem frequentar esses estabelecimentos, compram produtos e fazem coisas nas próprias casas. Por isso, o mercado tem que estar preparado para todos os públicos”.

Ela revela, ainda, que o clima, localização geográfica, dentre outros fatores, influenciam no perfil de consumo diferenciado do soteropolitano.

“Temos uma vida litorânea. As pessoas não costumam ir tanto aos salões quanto em São Paulo, por exemplo. Mas, ainda assim, nas sextas e sábados, os salões lotam, tanto para serviços de rotina como para uma produção mais completa, no caso de eventos e festas”.

Ela acrescenta, também, que os carros-chefe dos salões daqui são serviços para cabelo, como luzes, colorações e hidratações, além de manicure e sobrancelha.

Lançamentos

Os produtos de higiene e beleza foram os que tiveram maior número de lançamentos no período de um ano, segundo estudo realizado pela Nielsen para a Beauty Fair. Foram 2.102 produtos de higiene e beleza lançados, o que representa mais do dobro da média de outros produtos, que é de 960.

“O setor tem produtos de apelo emocional que ajudam a preservar a autoestima em cenários de tensão. É um mercado de muita competitividade, em que o custo x benefício fala mais alto”, pontua o analista de mercado da Nielsen André Sanches.

“Além de atender o público-alvo é preciso ter uma capilaridade na distribuição, uma comunicação que chegue da forma certa ao consumidor, além de uma gestão de preço adequada ao público específico, com promoções, ou preço baixo sempre, por exemplo”, complementa.

A ascensão da Classe C também foi citada como um dos fatores contribuintes para este crescimento. “Ela é responsável por consumir produtos de beleza mais sofisticados e com maior frequência. Isto também vale para o Nordeste, Bahia e Salvador”.

Dentre os produtos que apresentaram maior aumento de vendas, segundo o analista, destacam-se shampoos, com crescimento de 5,6% em relação ao ano passado, e desodorantes, com crescimento de 4,4% nas vendas.

Fonte: Correio 24hs

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