Polícia

Exame de DNA deve confirmar se corpo encontrado é de Geovane

O secretário informou também que, no depoimento, os policiais informaram ter liberado o rapaz, após uma vítima de assalto não reconhecê-lo como o homem que tinha praticado o roubo.

16/08/2014 às 17h45, Por Kaio Vinícius

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A Secretaria de Segurança Pública sustenta a informação de que parte do corpo identificado na noite da última quinta-feira, 14, é de Geovane Mascarenhas de Santana, de 22 anos, desaparecido há 13 dias após passar por uma abordagem policial.

Em coletiva realizada na tarde de sexta-feira, 15, na sede da Secretaria de Segurança Pública (SSP), no Centro Administrativo da Bahia (CAB), o secretário de Segurança Pública da Bahia, Maurício Barbosa, informou que uma mão e uma cabeça, ambas carbonizadas, foram encontradas no dia 4, no bairro de Pirajá. Após realização de uma papiloscopia – exame que compara as impressões digitais – constatou-se que as impressões correspondem às de Geovane Mascarenhas. No dia 3, também foram encontrados um tronco e outros membros no Parque São Bartolomeu, igualmente deformados, que Barbosa afirma serem do rapaz.

Apesar da confirmação do corpo por parte da Secretaria de Segurança Pública, o pai do jovem, Jurandy Santana, afirmou não se tratar dele, após reconhecimento feito no Instituto Médico Legal (IML) na sexta-feira, 15. De acordo com ele, o cadáver não tem as tatuagens feitas pelo filho – uma delas, em uma lateral do tronco, com o nome do pai.

Os membros encontrados foram conduzidos para o Instituto Médico Legal (IML), onde foi realizado o teste de DNA, mas o laudo conclusivo continua pendente. Barbosa afirmou que as investigações ainda estão em curso, com o prazo de 30 para serem concluídas.

Os policiais identificados como Cláudio Bonfim Borges, Jailson Gomes de Oliveira e Jesimiel da Silva Resende, envolvidos na abordagem feita à vítima, gravada por câmeras, tiveram prisão temporária solicitada pelo Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) e se encontram no Batalhão de Choque, em Lauro de Freitas, à disposição da Justiça. Eles foram ouvidos pela Corregedoria da PM, que já abriu Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para apurar a conduta deles.

"É um caso grave que precisa ser investigado com celeridade e de maneira responsável, para que não seja cometida nenhuma injustiça. Se for comprovada a participação dos policiais no sumiço e na possível morte de Geovane, pediremos a imediata expulsão deles da Polícia Militar", garantiu o secretário Maurício Barbosa.

Informações do GPS e da câmera instalados na viatura ajudarão na coleta de dados e na comprovação de qual trajeto os policiais fizeram depois da abordagem a Geovane, nas imediações do Largo do Tanque. "A maneira como eles revistaram o jovem, que sequer insinuou reação, já foi desastrosa. Depoimentos de testemunhas e possíveis imagens de câmeras de estabelecimentos comerciais daquela localidade irão auxiliar no desfecho desse lamentável crime", destacou Barbosa.

O secretário informou também que, no depoimento, os policiais informaram ter liberado o rapaz, após uma vítima de assalto não reconhecê-lo como o homem que tinha praticado o roubo. As informações são do A Tarde.
 

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