Bahia

Chega a 11 número de recapturados após onda de ataques em Amargosa

Eles fazem parte dos 14 presos libertados durante revolta de moradores. Confusão na cidade foi iniciada após criança se morta durante ação policial.

22/07/2014 às 15h49, Por Maylla Nunes

Compartilhe essa notícia

Acorda Cidade

Onze dos 14 presos libertados em Amargosa durante a revolta que ocorreu na noite da última quarta-feira (16), por causa da morte de um bebê, foram recapturados pela polícia. Trinta motos, 18 carros e um ônibus foram incendiados durante a ação de um grupo de moradores.

Segundo o Coordenador do Departamento de Polícia do Interior (Depin), Moisés Damasceno, os homens foi detidos na segunda-feira (21) e foram levados para unidades prisionais da região, já que a delegacia de Amargosa foi incendiada durante os ataques.

No sábado (19), a delegada titular da Delegacia de Amargosa, Glória Isabel Santos Ramos, foi exonerada do cargo. Segundo Damasceno, o lugar dela foi assumido pelo delegado Adilson Bezerra de Freitas, que estava na cidade de Castro Alves, recôncavo baiano. Ainda não foi definido o novo local de trabalho da ex-delegada de Amargosa.

O policial civil suspeito de atirar e matar a criança prestou depoimento na Corregedoria da Polícia Civil, em Salvador, na quinta-feira (17). Ele nega ter atirado na criança e a Polícia Civil informa que só a perícia vai poder constatar a origem do disparo. O policial militar que estava com ele durante a ação também foi ouvido pela delegada Andreia Cardoso. Os dois foram liberados após prestarem depoimento.

Versões do crime

O policial civil suspeito do crime informou que perseguia um homicida foragido da Justiça. Ele relatou que, antes, recebeu um telefonema que denunciava a presença do traficante "Bolacha" no bairro Catiara. Segundo a Polícia Civil, a denúncia recebida informava que o traficante estava desmontando uma motocicleta furtada do Fórum da cidade. Ao se dirigir ao local, a equipe policial teria visto o traficante, de prenome Ricardo, acompanhado de dois homens. O policial informou que ele escondia uma arma sob a camisa e reagiu à abordagem atirando.

O policial afirmou que atirou duas vezes em direção ao suspeito em via pública, negando ter disparado dentro da casa da criança ou no quintal. Afirmou que o traficante entrou na casa e que uma mulher já saía de um dos cômodos com uma criança ferida nas mãos. O policial alega ainda que socorreu a criança.

A versão é contrária aos relatos dos familiares e dos moradores, que negaram ter tido troca de tiro, apontando a ocorrência de apenas três disparos. O pai da criança, Luis Carlos Silva, de 22 anos, disse que uma pessoa entrou na casa e um padeiro disse que essa pessoa era ele. Familiares confirmaram que os policiais prestaram socorro, mas depois de insistência. "Eles só deram socorro e levaram minha filha para o hospital porque a população chegou em cima", disse o pai. As informações são do G1.

Compartilhe essa notícia

Categorias

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais Notícias

image

Rádio acorda cidade