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Amargosa: policial ouvido na Corredoria diz que não atirou dentro da casa

O policial militar que o acompanhava na diligência também foi ouvido pela corregedoria.

17/07/2014 às 19h44, Por Andrea Trindade

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O investigador envolvido no episódio ocorrido no bairro Catiara, em Amargosa, apresentou-se na Corregedoria da Polícia Civil (Correpol), na tarde de quinta-feira (17), em Salvador, fornecendo à delegada Andreia Cardoso informações sobre os momentos que precederam a morte de uma menina, baleada durante perseguição policial a um homicida foragido da Justiça, de prenome Ricardo. A corregedora-chefe da Correpol, delegada Heloísa Campos Brito, permaneceu em Amargosa, durante todo o dia, adotando os primeiros procedimentos correcionais.

Lotado na Delegacia Territorial (DT) de Amargosa, o policial, em seu depoimento, disse que recebeu um telefonema denunciando a presença de um traficante apelidado de “Bolacha”, no bairro Catiara, onde estaria desmontando uma motocicleta, furtada do Fórum da cidade. Ao dirigir-se juntamente com um soldado da Polícia Militar ao local da denúncia, ele avistou Ricardo, acompanhado de dois homens, em atitude suspeita, e percebeu que o homicida escondia uma arma sob a camisa.

Ainda, segundo o depoimento, durante a abordagem, Ricardo reagiu atirando. Houve revide, tendo o investigador deflagrado dois tiros na direção do criminoso, em via pública. Na fuga, Ricardo entrou em uma casa, foi seguido pelo policial, mas não foi mais visto. O policial disse que não atirou dentro da casa ou em seu quintal e, quando procurava sair do local, repentinamente, de um dos cômodos do imóvel, saiu uma mulher carregando uma criança ferida. O próprio investigador socorreu a criança ao Hospital Municipal de Amargosa, permanecendo ali até ser levado de volta à DT pela delegada titular e um escrivão.

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Utilizando seu veículo particular, seguiu para Salvador, apresentou-se à Correpol e entregou sua arma, com dois tiros deflagrados, que será periciada no Departamento de Policia Técnica (DPT). Depois de ouvido pela delegada Andreia Cardoso, ele foi liberado. A Correpol vai prosseguir com a apuração dos fatos, para que sejam adotadas as providências legais cabíveis. O policial militar que o acompanhava na diligência também foi ouvido pela corregedoria. 

Protestos

O incêndio e a invasão da unidade ocorreram em meio a um protesto realizado por familiares da criança que morreu. Um grupo formado por homens armados e encapuzados se infiltrou na multidão e iniciou os atos de vandalismo. A polícia apura a informação de que o grupo era formado por traficantes que aproveitaram a confusão para libertar um comparsa custodiado na carceragem da delegacia.

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