Bahia

Jovem dá à luz na calçada, na porta da Maternidade de Santo Amaro

De acordo com uma mulher que mora em frente à unidade e que ajudou e filmou o parto, a jovem pedia socorro e batia na porta da maternidade desde as 3h.

18/04/2014 às 07h47, Por Maylla Nunes

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Uma jovem deu à luz no chão, na porta do Hospital Maternidade de Santo Amaro na última quarta-feira. De acordo com uma mulher que mora em frente à unidade e que ajudou e filmou o parto, a jovem pedia socorro e batia na porta da maternidade desde as 3h.

 
“Eu estava saindo para trabalhar, às 6h, quando ouvi ela gritar muito alto. Fui até ela, a ajudei a ter o bebê e filmei aquela situação absurda. Aquela menina estava em sofrimento desde as 3h. Ninguém desceu para vê-la. Se não tinha médico ou vaga, que fizessem a regulação, a conduzissem a outro hospital numa ambulância”, disse a mulher, que prefere não ter o nome publicado.
 
As imagens mostram que, enquanto a jovem paria, várias pessoas empurravam a porta da maternidade, tentando arrombá-la. Os moradores correram para ajudá-la, trazendo lençóis limpos para amparar a criança.
 
Segundo a autora do vídeo, depois do parto, uma ambulância do Samu chegou e fez o primeiro atendimento. “Um médico foi chamado e quis atender a menina dentro da maternidade. Mas nem assim eles permitiram a entrada da moça na unidade. Ela foi com a ambulância tentar atendimento em outro hospital. Não a conheço, mas temos uma amiga em comum. Soube que ela está bem e o bebê, uma menina, se chama Isabele”.
 
A autora do vídeo conta ainda que, no domingo passado, já havia assistido ao sofrimento de outra jovem, que também teve o atendimento negado na Maternidade de Santo Amaro. “A moça chegou passando mal, e o marido entrou em desespero com a negativa de atendimento. Começou a fazer um escândalo na porta. Chamaram a polícia para conter o homem. Mais de duas horas depois, colocaram a moça para dentro da maternidade. Assisti também outra mulher sendo dispensada. Ela e o marido foram embora a pé, procurar outro hospital. Vejo isso acontecer constantemente. É uma tortura ficar aqui, de frente, assistindo. Isso tem que mudar”.
 
As informações são do Extra

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