Feira de Santana

Sincol bloqueia cartões de meia passagem e estudantes negam uso irregular

A mãe de um estudante do Colégio Municipal Joselito Amorim, Leila Cristiane Silva, revelou estar indignada com o Sincol devido à empresa ter bloqueado, no dia 11 de março, o cartão de meia passagem do seu filho

08/04/2014 às 15h54, Por Kaio Vinícius

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Laiane Cruz

Alguns usuários do passe livre e da meia-passagem reclamaram que tiveram seus cartões de passagem bloqueados pelo Sincol (Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Feira de Santana). Segundo eles, o sindicato alega irregularidades na utilização do serviço, o que ocasionou a suspensão.

 
O estudante da Uefs, Leonardo Queiroz, que também tem direito ao Passe Livre, contou em entrevista ao Acorda Cidade que o Sincol bloqueou o seu cartão alegando que ele o teria emprestado para uma pessoa desconhecida, que, segundo eles, aparecem em imagens feitas pelo circuito interno de um dos ônibus.  O estudante afirmou ainda que possui o cartão desde 2008 e que ele sempre esteve em situação regular.
 
“Eu afirmei seguramente que desconheço a pessoa que aparece nas imagens, ainda assim a representante do Sincol não se deu por convencida. Ela se mostrou irredutível e mandou que eu voltasse daqui a seis meses para reativar o cartão”, afirmou o Leonardo Queiroz.
 
Outro estudante, Marcos Aragão, afirmou que desde o dia 20 de dezembro está com o cartão bloqueado. Ele informou que já esteve no Sincol quatro vezes para tentar resolver a situação. No local, os atendentes mostraram ao usuário a foto de uma senhora, que estaria utilizando o cartão irregularmente.
 
“Eu nunca a vi na vida. Se fizerem uma investigação para tentar averiguar esse problema no SIT imagens, que são câmeras em cima do aparelho de checagem do cartão, verão que tem problemas e realmente não está funcionando. E com isso estou suspendo desde o dia 20 de dezembro, e de lá para estou gastando cerca de 50 reais por semana de passagem para ir à Universidade”, afirmou Marcos Aragão, acrescentando que prestou uma queixa no Ministério Público e está aguardando a resolução.
 
A mãe de um estudante do Colégio Municipal Joselito Amorim, Leila Cristiane Silva, revelou estar indignada com o Sincol por ter bloqueado, no dia 11 de março, o cartão de meia passagem do seu filho sob a mesma acusação de que ele o emprestou a terceiros.  
 
"O Sincol vem bloqueando os cartões de meia passagem, acusando as pessoas de estarem emprestando seus cartões a pessoas que sequer conhecemos. Diante disso fui ao Sincol, lá me mostraram uma foto onde consta o registro do cartão de meu filho e a foto de uma senhora que não conheço. O cartão encontra-se bloqueado por 6 meses, e eu não tenho condições de pagar passagem inteira por esse periodo", afirmou a mãe do estudante.
 
E acrescentou: "Creio que quando a cobradora colocou o cartão na máquina para a leitura, e ela disse que estava bloqueado, ficou registrado o uso, sendo que meu filho não utilizou o tranasporte, até porque o mesmo teve q voltar para casa caminhando por não ter dinheiro suficiente para a passagem inteira, e provavelmente a pessoa que passou na catraca depois dele foi registrada como usuário do cartão, constando assim para o Sincol que ele emprestou seu cartão a terceiros".
 
Sistema antifraude
 
De acordo com o diretor do Sincol, Roque Gomes, todos os cartões de passagens cadastrados possuem um chip onde são depositados todos os dados pessoais dos usuários, e que no momento do cadastro é tirada uma fotografia. Ele explicou que quando o usuário passa pelo validador uma câmera registra a imagem dele para comprovar que é o proprietário do cartão. “Essas informações são confrontadas no sistema, e se houver divergências nas imagens fica comprovado o uso indevido do cartão por terceiros”, afirmou.
 
Questionado se o sistema pode apresentar falhas no momento da validação, o diretor do Sincol respondeu que não, pois, segundo ele, a empresa contratada para oferecer o serviço possui tecnologia de ponta. Sobre a possibilidade de os cartões estarem sendo clonados, Roque Gomes afirmou que nunca recebeu denúncias desse tipo, pois o sistema de bilhetagem eletrônica utilizado pelo Sincol possui uma tecnologia antifraude capaz de impedir tal crime. 

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.

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